quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Opinião por O tempo entre os meus livros - D. Teresa de Távora, A Amante do Rei de Sara Rodi

fonte: O tempo entre os meus livros

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 304
Editor: A Esfera dos Livros
ISBN: 9789896264826


É na voz de D.Teresa que Sara Rodi nos remete para o séc. XVIII, mais propriamente para os anos de 1738 e seguintes, passando pelos sangrentos 1755 (Terramoto de Lisboa) e 1759 (todo o processo dos Távora que culminou com a execução daquela família).

Quem nos fala não é uma mulher perfeita e tem consciência disso. Questiona as suas atitudes, interroga-se sobre aquilo que quer, comete erros e reflete sobre eles. D.Teresa, em jeito de confidência, conta-nos os seus segredos e as suas preocupações, sentindo-se um mero peão em jogos de poder que a ultrapassam completamente. Ama livremente numa época em que isso não é bem visto: as mulheres vêem-na como uma rameira e sentem medo dela; os homens, cobiçam-na.

Mas Teresa questiona também o papel da mulher na sociedade, prometida que estava, desde que nasceu, a seu sobrinho Luís Bernardo. Questiona a fé e o papel da Igreja, as profecias que justificavam os grandes desastres da natureza, como foi o terramoto, através dos pecados cometidos pelos homens.

Este tom intimista, que a autora soube tão bem reproduzir, revela uma imaginação surpreendente tanto mais que só se conhecem os traços gerais da vida de D. Teresa. O que achei espectacular ao fazer esta leitura foi o conseguir aperceber-me quais os factos verídicos que estão por detrás desta história e quais os que saíram da imaginação de Sara Rodi, sem que isso viesse a desfavorecer esta estória. Bem pelo contrário!

Retratar D.Teresa foi, sem dúvida um desafio superado com mestria. As suas ideias revolucionárias e complexas para a época mas também algo ingénuas foram soberbamente postas no papel e levam-nos a criar uma certa empatia com o seu sentir, o seu viver e o seu sofrer!

A capa traduz na perfeição o interior deste livro. Bela, sensual e algo indomável, Teresa de Távora foi alguém que pensava para mais além do que era permitido às mulheres... A autora soube introduzir neste carácter rebelde algumas questões filosóficas como o livre-arbítrio e a predestinação, enriquecendo o romance e tornando-o mais interessante para o leitor.

Recomendo esta leitura, sobretudo para aqueles que gostam de um bom romance histórico!

Terminado em 26 de Agosto de 2013

Estrelas: 5*+

Sinopse

Quando Lisboa tremeu por debaixo dos seus pés, D. Teresa de Távora recordou cada uma das palavras premonitórias que o padre Malagrida lhe escrevera. Cada grito desesperado que ouvia nas ruas destruídas da cidade eram a prova de que era ela a causadora de toda aquela desgraça. Os seus atos pecaminosos. A sua beleza, a sua sensualidade, o adultério vergonhoso que envolvia a sua relação amorosa com o rei de Portugal… Depois do sucesso de D. Estefânia, Um trágico amor, Sara Rodi regressa à escrita para nos contar a extraordinária história de D. Teresa de Távora a amante do rei D. José I. Narrado na primeira pessoa e baseado numa minuciosa pesquisa, somos levados a conhecer a vida desta mulher que viveu no século XVIII. Um século marcado pelo trágico terramoto de Lisboa, a ascensão ao poder de Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, e o sangrento processo dos Távora. Nesse fatídico dia de 13 de janeiro de 1759, D. Teresa viu morrer no cadafalso o seu marido Luís Bernardo, o irmão, o sogro, a sogra D. Leonor, cunhados e sobrinhos. Perdeu o nome Távora, arrancado da toponímia e dos brasões, manchado pela vergonha para todo o sempre, e perdeu a liberdade por que tanto havia lutado. D. Teresa de Távora não foi casta. Não praticou grandes obras. Não foi uma esposa fiel. Foi apenas mulher. E esta é a sua história.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

O mágico mundo de Carlos Campaniço - opinião de Mário Rufino

fonte: diário digital


Carlos Campaniço (n. 1973, Moura) construiu um extraordinário universo literário, onde cintilam personagens memoráveis.
“Os demónios de Álvaro Cobra”, editado pela Teorema, é um livro que merece toda a atenção dos leitores e da crítica literária.
Medinas, a fictícia aldeia alentejana onde habita a família Cobra, só tem uma porta de entrada e outra de saída. Nela se entra pela primeira página do livro, dela se sai pela última página. Não há mapa que a indique.
Dentro dessa aldeia de pagãos, novos cristãos e judeus, o importante peso da igreja católica na moral é inferior à superstição, aos costumes e aos mitos ancestrais. Por lá passam um anarquista que ensina a escrever e a ler, uma prostituta, dona de um bordel, que deseja casar as suas “meninas” com os homens mais ricos, uma cadela que adivinha o tempo, um pássaro que canta, sem nunca errar, em sincronia com a hora exacta e grifos e mais grifos…
Enquanto visita esse maravilhoso ambiente criado por Carlos Campaniço, o leitor  vai conhecendo as estranhas peculiaridades de cada membro da família Cobra, principalmente de Álvaro.
“ (...) aquela era uma família insólita: o marido com suas singularidades inusitadas e suas coleiras de epítetos; a bisavó, quem sabe, a mulher mais velha do mundo; a cunhada, doente com febre toda uma vida; e a sogra com duas mãos desiguais.”

A história de “Os demónios de Álvaro Cobra” é de abnegação, sofrimento, de derrotas e de vitórias. É uma história sobre o peso do destino e a (in) capacidade para o construir.
A pergunta essencial para a compreensão deste romance cedo se impõe:
Até quando aguentará Álvaro Cobra tanta dor?
O leitor tem, nas suas mãos, um romance de personagens. A narração vai apresentando várias peripécias que tanto podem provocar tristeza ou alegria; serem violentas ou ternurentas, fatalistas ou de esperança. O principal objectivo desses acontecimentos é provocar uma atitude, um gesto, uma palavra, que permita ao autor/leitor assistir a determinado comportamento.
Carlos Campaniço não deixa “pontas soltas”. Tudo está lá por alguma razão. Mais cedo ou mais tarde, o leitor entenderá o objectivo de determinado acontecimento.
A realidade imposta pelo visível e tangível é manipulada de forma coerente e credível.
É inevitável a referência ao realismo mágico. Neste aspecto, o autor parece seguir os mesmos caminhos de Garcia Márquez (Medinas em vez de Macondo), Riço Direitinho (características de algumas personagens de “breviário das más inclinações”), ou de alguma literatura nórdica.
O trabalho lexical é muito relevante. Os regionalismos estão presentes em abundância. O próprio autor faz questão de o mencionar.
“ Até cento e oitenta e duas palavras, capturadas ao regionalismo local, que não coabitavam no seu léxico da Língua Portuguesa, eram berberismos e arabismos falados apenas em Medinas. Mencionou como exemplo, abrindo os braços à multidão, o nome da praça onde estavam reunidos.” Pág. 94
“Os demónios de Álvaro Cobra”, obra vencedora do Prémio Literário de Almada 2012, é um livro marcante devido à capacidade do seu autor em criar e descrever, com muito equilíbrio, um ambiente singular onde habitam personagens que provocam empatia e estranheza no leitor.
O leitor não se esquecerá de Álvaro Cobra.

Mário Rufino

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Opinião por Páginas com memória: D. Teresa de Távora A Amante do Rei de Sara Rodi

 
A primeira descoberta que se faz com esta leitura é a da sagacidade com que Sara Rodi trata a História.
Tanto porque lhe adiciona parte da sua imaginação de forma imperceptível para a leitura, mas sem deixar que a ficção se confunda irremediavelmente com os factos, como porque sabe integrar o contexto da História sem 
O livro poderia até ser transformado numa ferramenta de ensino atraente, desde que contextualizado.
Mas o prazer maior vem de algo que afectará as leitoras - e, neste caso, o género é importante - de maneira muito mais pessoal.
A protagonista do livro é um exemplo de pensamento feminino, e até femininista, que entra em confronto com a sua época e com alguns dos 
Visto que se torna amante do rei, ganhou já uma liberdade de costumes que se prolongará para o seu pensamento.
As suas reivindicações e dúvidas falam, primeiro, dos seus desejos num tempo em que as mulheres os não deveriam ter.
A dimensão individual extravasa para a consciência social da sua época, para o papel da mulher evidentemente, mas ainda para o papel subjugado da própria Humanidade aos desígnios que a Igreja, por exemplo, tem sobre as pessoas.
Um domínio sobre o livre alvedrio de cada um ao impôr leituras muito estritas acerca dos fenómenos naturais, por exemplo, já que este é um tema que tocará directamente a vida de D. Teresa de Távora.
Em serviço desta ligação do mundo à sua volta e dos detalhes da sua própria vida está a escolha que Sara Rodi fez para o registo na primeira pessoa.
Muitas vezes tornada numa confissão, cria uma sensação de diálogo com o leitor, que receberá melhor a protagonista.
Uma mulher muito bem traçada, com defeitos e peculiaridades que poderemos censurar mas que aceitamos melhor como pontos de equilíbrio para uma mulher que surge como protagonista por ter sido amante do D. José I.
Mas cujo verdadeiro protagonismo neste livro é o de mulher em confronto - pelo menos, confronto próprio - com o seu tempo.
De sobremaneira, é por não ser perfeita e por a escritora não ter expugnado as suas faltas, que D. Teresa de Távora se torna uma guia tão interessante pelo século XVIII.
Não fosse por estar imiscuída com um lado mais sórdido do reino, não poderia a ficção inseri-la em tantos momentos relevantes e transformadores.
Pelo percurso desta mulher chegaremos a conhecer as tragédias que se abateram sobre Lisboa e sobre os próprios Távoras. As tragédias que haveriam de vincar o nome do Marquês de Pombal na memória colectiva.
Ela dá-nos uma visão da História com uma perspectiva de leitura histórica pouco habitual, o que faz com que o livro nos esclareça tanto quanto nos exige que reflictamos sobre o que se passou no período da vida desta mulher.
Dar protagonismo a uma amante é, de certa forma, entrar na História por uma porta lateral. Mesmo se, neste caso, se trata de uma porta que nunca esteve escondida.
Mas não importa por onde entremos, pois também essa porta lateral vai permitir que constatemos a magnificência do edifício que se ergue para lá dela.




Autor: Sara Rodi


Editora: Esfera dos Livros


Páginas: 304


Género: Romance Histórico





Joana Dias

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Opinião de Roda dos Livros: "Os demónios de Álvaro Cobra" - Carlos Campaniço


Fonte: Roda dos Livros


“Quando Álvaro Cobra a despiu com os seus dedos grossos e desajeitados e a pôde, finalmente, ver nua sobre a cama, pensou que se tratava de um milagre, num tempo em que já não havia milagres sobre a Terra, por se ter esgotado a capacidade inventiva dos santos ou a benevolência pedregosa dos homens. Todavia, do mal dos divinizados não padecia o lavrador Álvaro Cobra, que possuía uma imaginação sem arreios…”
Carlos Campaniço oferece-nos uma galeria de personagens inesquecíveis, que vão de um anarquista à dona de um bordel ambulante, e recicla de forma original o realismo mágico para revisitar as virtudes e os defeitos das pequenas comunidades rurais do nosso Portugal.
Tendo como editora, Maria do Rosário Pedreira, a obra de Carlos Campaniço foi editada em Abril de 2013 pela Teorema, chancela do Grupo Leya. O mesmo título foi destacado com o Prémio Literário Cidade de Almada 2012
É nessa imaginação sem arreios que Carlos Campaniço traz até ao leitor um livro que é puro deleite. Este «Os demónios de Álvaro Cobra» é uma preciosidade tal qual o seu Alentejo, na aldeia de Medinas, e que lhe serve de pano de fundo para todas as maleitas dos Cobra, uma família cheia de eventos e raridades que tocam o bizarro.
O retrato rural, mágico e até surreal do nosso Alentejo é muito bem recheado com personagens assombrosas e dignas de “se lhe tirarem o chapéu”. Se o próprio Álvaro Cobra é uma achado, a avó centenária não lhe fica atrás ou a irmã brasa, mesmo meio morta, não deixa de dar mais vivacidade à história.
Se as maleitas e enguiços associados à tenacidade ímpar dos Cobra é por si só dúbia, junte-se ainda, cristãos (precocemente convertidos), árabes e judeus, tudo em ampla convivência, num Alentejo que se reinventa por entre cultos pagãos para uma nova fé monoteísta!?
Para além de religião e culto, encontramos também lendas e mitos associados não só às tradições populares alentejanas, como também do cunho cultural e geográfico herdado da ocupação árabe. O próprio autor afirma a necessidade de se escrever sobre o que se sabe, passando assim ao leitor uma maior credibilidade e conferindo um papel mais forte e real a toda a história.
Apesar de toda a magia que envolve e caracteriza o desfile de personagens deste romance, reconhecem-se nos traços pessoais de muitos deles, muitos de nós, actuais ou antepassados, demonstrando uma óptima análise do ser-se português nas palavras rebuscadas e sonhadoras do autor.
Carlos Campaniço brinda às gentes da aldeia e presta-lhes uma homenagem. É nesta passagem de testemunho que se imortaliza a tradição oral das estórias das gentes, das bichanisses que se cochicham e das histórias orelhudas, que de tanto serem contadas passam a ser verdadeira. Apesar de negra, a história é rica em graciosidade. É a linguagem, é a forma como o autor enlaça os acontecimentos e as personagens, conferindo, mesmo aos regionalismos mais brutos uma certa magia que os tornam belos.
É quase impossível destacar partes deste livro, pois são inúmeras e tenho o livro todo etiquetado, mas existem frases que são verdadeiras tiradas de mestre e nos transportam para uma outra dimensão de pensar a realidade. A ideia da solidão da morte e de o morto (o pai Cobra) não conseguir conviver com essa mesma solidão. Ou o recuo do exército de sapos, não pelos desígnios de deus, mas pelas mezinhas de nómada de Clarinha. Talvez a piada com o nome do padre Jesuíno (Je, do pai e suíno da mãe) ou outras tantas, sejam ainda mais do que o são, se lermos as entrelinhas… a religião pensada com o pragmatismo das gentes simples e que procuram a paz na opinião alheia… a importância de Miss Margot e os pares de pernas de deusas que vêm aliviar as noites… neste livro até o sexo tem cheiro a terra e os dissabores brutos das intempéries.
A própria ligação dos personagens à terra ou a comunicação paranormal com os animais, vista como bruxaria em algumas vezes, mas solução divina, quando assim é preciso. A divagação sobre o credo e tendências de culto tida nas páginas 94 e 95 é simplesmente deliciosa e por certo um pouco de todos nós se revê nalguma daquelas imagem – afinal de contas quem é não vai à apanha da espiga e põe o raminho atrás da porta!?

Em suma, os demónios que apoquentam Álvaro Cobra podem ser os que atormentam qualquer homem, nem santo nem bruxo, esta é uma história dos homens, onde a fé, a dor, o amor, a solidão, a morte, a tristeza e a alegria convivem todos os dias, tornando-nos parte da terra, parte do pó dos dias!
Este livro chamou-me pela primeira vez à atenção pelo título, depois o amigo e conselheiro de leituras Jorge Navarro leu e recomendou e logo de seguida, também Mário Rufino, leu e destacou e como tal, não me poderia passar ao lado. Mais tarde apanho também a entrevista que aconteceu antes do lançamento e na qual gostei bastante de ouvir o autor.
Neste Verão chegou a oportunidade de o ler e fico muito feliz de só agora me despedir dele, revisitando-o e escrevendo sobre ele, pois foi mais uma oportunidade de saborear algumas das passagens que fui destacando.
Para quem ainda não leu, leia! Boas Leituras.

“O Circuito do Livro” é o novo projecto da Biblioteca Municipal de Ourique.

Fonte: Rádio Pax

Mostrar o percurso do livro desde que a Biblioteca o adquire até chegar às estantes, através de uma visita guiada, é o objectivo desta iniciativa. Este projecto teve início este mês e dirige-se às escolas.
Cristina Ernesto, directora da Biblioteca de Ourique, refere que se pretende “dar a conhecer o trabalho que se faz numa Biblioteca”, nomeadamente o trabalho documental. A mesma responsável considera que é interessante os alunos conhecerem o trabalho da Biblioteca.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Câmara de Moura procura “Padrinhos de Leitura”


A Câmara Municipal de Moura retoma o projecto “Padrinhos de Leitura”. A iniciativa insere-se na 34ª Feira do Livro de Moura, que vai decorrer entre os dias 26 de Março e 6 de Abril.  
O projecto consiste no donativo de um apoio financeiro por parte de instituições e empresas do concelho aos alunos que frequentam o pré-escolar e o 1.º ciclo do ensino básico público e particular.
As entidades que se associam à iniciativa tornam-se “padrinhos de leitura” e, através do apoio financeiro proporcionado, os alunos apadrinhados adquirem livros na Feira do Livro de Moura.
A Câmara de Moura revela que mais de 90 entidades já se associaram a este exemplo “de solidariedade e responsabilidade social”.
A Biblioteca Municipal Urbano Tavares Rodrigues está neste momento a divulgar a iniciativa junto de diferentes entidades, sob o lema “Solidariedade nas páginas de um livro e no sorriso de uma criança”.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

LUGARES E PALAVRAS DO ALENTEJO





Foto: LUGARES E PALAVRAS DO ALENTEJO

Coletânea de Contos, Poemas, Crónicas e Memórias da imensidão alentejana. - PARTICIPA!

Regulamento:

1.O prazo inscrição e envio de textos decorre até 31 de maio  de 2014.

2. Os textos devem ser enviados em suporte informático (tipo word) e remetidos para editora@lugardapalavra.pt

3. Serão admitidos textos do género lírico (poemas), narrativo (contos) ou ensaio (crónica, memórias, etc), que serão alvo de seleção por um júri.

4. Cada autor poderá participar com um ou vários textos, que pode(m) ocupar até um máximo de cinco páginas, sendo que cada página corresponde a um conjunto de 1700 caracteres (incluindo espaços) ou 1400 caracteres (sem espaços), para os contos, crónicas e memórias, ou até 60 linhas de verso (incluindo espaços de transição de estrofe e eventuais versos demasiadamente longos).

5. A ordem de publicação obedecerá a um critério a definir, posteriormente, pela organização.

6. Os autores podem utilizar pseudónimo, embora sejam obrigados a identificar-se e o seu nome ser incluído na breve biografia a constar do livro.

7. Os autores devem enviar uma curta nota biográfica, que será publicada, com um máximo de 600 caracteres, incluindo espaços.

8. O tema de todos os textos é o ALENTEJO, os seus lugares, as suas gentes e tradições.

9. No caso de a organização entender que o número de participantes não é suficiente para a edição do livro, os textos serão publicados on.line no site da editora Lugar da Palavra e enviado um exemplar em formato pdf a todos os participantes. A organização é soberana na seleção dos textos a incluir na obra.

10. Todos os textos serão alvo de revisão, com vista a apresentar um trabalho da maior qualidade possível, comprometendo-se, obviamente, a organização a nunca desvirtuar o original do autor.

11. Os participantes disponibilizam os seus textos exclusivamente para a presente publicação, sendo-lhes, reconhecido o seu direito de autor (pelo qual assumem essa responsabilidade), mas não serão pagos quaisquer direitos patrimoniais. Ou seja: o participante envia textos da sua autoria (se já publicados, com a respetiva autorização competente) e cede-os exclusivamente para o fim em questão, não resultando da sua publicação a obrigação da editora de pagamentos de direitos patrimoniais ao autor.

12. Os casos omissos a este regulamento serão decididos pelo júri de seleção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coletânea de Contos, Poemas, Crónicas e Memórias da imensidão alentejana. - PARTICIPA!

Regulamento:

1.O prazo inscrição e envio de textos decorre até 31 de maio de 2014.

2. Os textos devem ser enviados em suporte informático (tipo word) e remetidos para editora@lugardapalavra.pt

3. Serão admitidos textos do género lírico (poemas), narrativo (contos) ou ensaio (crónica, memórias, etc), que serão alvo de seleção por um júri.

4. Cada autor poderá participar com um ou vários textos, que pode(m) ocupar até um máximo de cinco páginas, sendo que cada página corresponde a um conjunto de 1700 caracteres (incluindo espaços) ou 1400 caracteres (sem espaços), para os contos, crónicas e memórias, ou até 60 linhas de verso (incluindo espaços de transição de estrofe e eventuais versos demasiadamente longos).

5. A ordem de publicação obedecerá a um critério a definir, posteriormente, pela organização.

6. Os autores podem utilizar pseudónimo, embora sejam obrigados a identificar-se e o seu nome ser incluído na breve biografia a constar do livro.

7. Os autores devem enviar uma curta nota biográfica, que será publicada, com um máximo de 600 caracteres, incluindo espaços.

8. O tema de todos os textos é o ALENTEJO, os seus lugares, as suas gentes e tradições.

9. No caso de a organização entender que o número de participantes não é suficiente para a edição do livro, os textos serão publicados on.line no site da editora Lugar da Palavra e enviado um exemplar em formato pdf a todos os participantes. A organização é soberana na seleção dos textos a incluir na obra.

10. Todos os textos serão alvo de revisão, com vista a apresentar um trabalho da maior qualidade possível, comprometendo-se, obviamente, a organização a nunca desvirtuar o original do autor.

11. Os participantes disponibilizam os seus textos exclusivamente para a presente publicação, sendo-lhes, reconhecido o seu direito de autor (pelo qual assumem essa responsabilidade), mas não serão pagos quaisquer direitos patrimoniais. Ou seja: o participante envia textos da sua autoria (se já publicados, com a respetiva autorização competente) e cede-os exclusivamente para o fim em questão, não resultando da sua publicação a obrigação da editora de pagamentos de direitos patrimoniais ao autor.

12. Os casos omissos a este regulamento serão decididos pelo júri de seleção.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

450 livros "saem" das prateleiras da biblioteca

Fonte: Município de Monforte

Para além de inúmeras outras intervenções que a Biblioteca Municipal de Monforte tem tido ao longo dos seus 19 anos de existência, comemorados recentemente, é a proximidade que sempre manteve com a comunidade escolar do concelho que mais contribui para distinguir a sua atividade.

phoca thumb l 018-450-livros-saem-das-prateleiras-da-biblioteca-132Essa relação entre a Câmara Municipal e o Agrupamento de Escolas do Concelho de Monforte consolida-se, essencialmente, através da realização de múltiplas iniciativas dirigidas às crianças e jovens que frequentam os estabelecimentos de ensino pré-escolar e dos 1º, 2º e 3º Ciclos, abrangendo igualmente, em muitas situações, os bebés e crianças da Creche da Santa Casa da Misericórdia de Monforte.

“Ao teu colo oiço um conto” e “Dar Vida aos Livros” são duas dessas iniciativas. A primeira destina-se a proporcionar às crianças de colo os primeiros contactos com os livros, suscitando-lhes a curiosidade por esse mundo mágico da leitura, enquanto “Dar Vida aos Livros” envolve os restantes alunos dos referidos ciclos do Ensino Básico.

Todos os meses compreendidos pelos períodos correspondentes aos anos letivos, técnicos da Biblioteca deslocam-se aos estabelecimentos escolares para fazer a leitura de uma história, normalmente encenada, e onde entregam uma mala de madeira que contém obras recomendadas pelo Plano Nacional de Leitura e que poderão se requisitadas ao longo desse mês.

Por outro lado, e sendo uma atividade itinerante, um dos principais objetivos destas iniciativas é aproximar as crianças das freguesias rurais do Concelho, mais isoladas, proporcionando-lhes uma forma para que possam usufruir das valências oferecidas por esse serviço do Município de Monforte sem terem que deslocar-se à sede de Concelho.

Ao todo, são 450 os títulos das histórias que saem das prateleiras da Biblioteca Municipal de Monforte e que, assim, se dão a conhecer a dezenas de crianças que, em casa, as partilham com os seus pais, irmãos, avós.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

"Deste temporal de (te) amar" de Filipe Chinita

́ um novo longo poema.romance / – quase – a uma só voz / em vários ritmos / e tempos / que uno se quer / na diversidade que o compõe. / a vida aos 21 anos. entre janeiro e setembro de 77 / entre moscovo.leninegrado.kiev / berlim.alentejo.lisboa. / o amor e a lenta aprendizagem / da ausência.da saudade / da dor.da solidão / da ternura / do desejo – apesar da distância – / sua (in)experiência.e circunstância(s) / sonhos.e visões do mundo / palavras.e silêncios / nesse crucial / ano 77 // . // um jovem de 21 anos / que (como) se balanceia a si próprio. / à luz do seu passado. de todo o passado humano. / à luz de dois semestres de materialismo / histórico e dialéctico / que está prestes / a terminar. / à luz do inesperado amor na urss vivido / de uma grandeza que não julgava poder existir. / e decerto maior e único porque lá ocorrido. / à luz do fulgurante ano – de setembro a setembro – / em que – quase – tudo / o que na vida há / lhe vem a / braços. / aos seus ainda tenros braços / de combatente / e amante // . // fj



O AUTOR:
Filipe Chinita nasceu na quinta dos pretos em 11 de novembro de 1955, e cresceu na aldeia/vila de Escoural concelho de Montemor‐o‐ Novo publicou em 2009 os seus dois primeiros livros de poesia: o poema gente povo todo o dia, e a duo com manuel gusmão, cantata pranto e louvor, em memória de casquinha e caravela, que nos elucidam quanto à sua umbilical ligação com o alentejo, a luta anti‐ fascista, e o tempo em que foi revolucionário a tempo inteiro, entre 1974 e 1980 em 2012 publicou na editora colibri do tamanho das nossas vidas, escrito a duas mãos, em moscovo, em 1976, onde se encontram inscritos aqueles que foram os primeiros poemas que guardou mas também maior é o povo aqui é campo maior na página a página, 2o volume do tríptico sobre o alentejo a revolução e a reforma agrária, que gente povo todo o dia inaugurou e que chão e povo além do Tejo breve fechará publica‐se agora nesta mesma editora colibri deste temporal de (te) amar continuação temporal de do tamanho das nossas vidas fazendo cair o pano sobre o tempo de moscovo tem ainda fechados para editar dois outros livros, de cariz diverso que se ainda contemplam o alentejo dele simultaneamente se libertam 3º andar jardim suspenso e leonor leononoreta

Editora Colibri